Apontamentos sobre Metodologia, Pesquisa e Ciência – Parte 4

2. O Divino e o humano na história

Deus define a realidade. − John Piper.[1]

Nossa compreensão da realidade é sempre interpretada. − Michael Horton.[2]

Quanto à história da Igreja, que se poderia cometer o erro de desprezar, eu devo acrescentar que sua função é enciclopédica: ela tem a honra de ser constantemente requisitada e ocupa um posto legítimo dentro do ensinamento cristão. − Karl Barth (1886-1968).[3]

 

Perspectiva Cristã-Reformada

Na perspectiva Cristã-Reformada, os propósitos de Deus são eternos (Ef 3.11/Hc 3.6). O seu decreto é eterno. Deus não está circunscrito ao tempo, à aprendizagem e à “maturação das ideias”. Deus é o senhor da eternidade, do tempo e das circunstâncias. O tempo é onde Deus revela o seu propósito eterno.[4]

Na revelação de Deus, temos aos nossos olhos, o encontro do tempo com o eterno, sem que o Deus eterno, jamais deixe o tempo, onde Ele age e cuida de nós. Portanto, Ele não “intervém” na história como se estivesse de fora; antes age sempre e continuamente conduzindo os eventos ao seu propósito.

A “intervenção” é uma forma humana, limitada de descrever a ação de Deus pela nossa perceptibilidade. Desse modo, quando as Escrituras descrevem a ação miraculosa de Deus, temos a impressão de que Ele estava “de fora” apenas observando e nada fazendo, Assim pensando, perdemos a dimensão de sua ação preservadora de toda a realidade que só existe porque Deus a sustenta.

A visão cristã é a de que a história é o palco onde Deus efetiva o seu Reino. “A chave da história do mundo é o Reino de Deus”, interpreta Lloyd-Jones.[5] O propósito de Deus na história como realidade presente, faz parte da essência de nossa fé.[6] Os eventos, grandes e pequenos, são fatos  de Deus incluídos nos seus santos propósitos e totalmente sob os seus cuidados.[7]

Bavinck é profundamente pedagógico ao dizer:

A doutrina da providência não é um sistema filosófico, mas uma confissão de fé, a confissão de que, apesar das aparências, nem Satanás, nem  o ser humano, nem qualquer outra criatura, mas somente Deus – mediante seu poder Todo-Poderoso e presente em toda parte – preserva e governa todas as coisas. Essa confissão pode nos salvar tanto de um otimismo superficial que nega os mistérios da vida quanto de um pessimismo arrogante que se desespera deste mundo e do destino humano.[8]

De modo mais específico, vemos biblicamente que Deus nos escolheu na eternidade com um propósito eterno: Somos filhos da eternidade, não do tempo. Deus nos escolheu na eternidade para a eternidade. Aqueles aos quais Deus escolheu em amor, serão acompanhados por Deus mesmo, em sua graça, fazendo-os desenvolverem a sua salvação até à consumação gloriosa. Essa “boa obra” iniciada pelo Espírito em nós será completada, de eternidade a eternidade (Fp 1.6/Rm 8.29-30).[9]

Conforme publicamos recentemente,[10] a concepção cristã de tempo, mesmo com as suas variações, influenciou diretamente todo o mundo ocidental. A compreensão de que o tempo tem um início, meio e fim era totalmente estranha às culturas pagãs.[11] A questão da história e do tempo é fundamental para o Cristianismo pela sua própria constituição.

O Cristianismo é uma religião de história.[12] Elimine, por exemplo, a historicidade dos 11 primeiros capítulos de Gênesis, e mutilaremos o sentido das Escrituras e, por isso mesmo, os fundamentos da fé cristã. Pelo fato de a Criação ter ocorrido na história, bem como a Queda, a promessa (Gn 3.15) e o Dilúvio, é que tudo o mais faz sentido.

Se a Queda é apenas uma lenda, porque precisaríamos crer na encarnação, morte e ressurreição de Cristo como fato histórico? Bastaria a criação de outra lenda para, quem sabe, remediar o que fora inventado anteriormente.

A revelação dá-se na história. Qual o sentido de Deus falar e agir na história e, ao mesmo tempo, fornecer por meio de sua Palavra uma história mentirosa, cheia de equívocos, contradições e erros? Grande parte dos ensinamentos doutrinários das Escrituras provém de fatos históricos não apenas de proposições doutrinárias.[13]

Na história vemos a demonstração prática dos ensinamentos de Deus, revelando os acertos e fracassos de suas criaturas em permanecerem fiéis ao seu Senhor, e, ao mesmo tempo, a demonstração de sua misericórdia incompreensível que atinge o seu ápice na encarnação do Verbo.

Dito de outro modo: A história retrata, em muitos aspectos, os efeitos da obediência e desobediência do povo de Deus à sua Lei. Ainda assim, permeada pela misericórdia soberana e incompreensível de Deus.

Insistimos: o Cristianismo não se ampara em lendas, antes, em fatos os quais devem ser testemunhados, visto que têm uma relação direta com a vida dos que creem.[14] O Cristianismo é uma religião de fatos, palavra e vida. Os fatos, corretamente compreendidos, têm uma relação direta com a nossa vida.

A fé cristã fundamenta-se no próprio Cristo: O Deus-Homem. Sem o Cristo histórico não haveria Cristianismo.[15] A sua força e singularidade estão neste fato, melhor dizendo: na pessoa de Cristo, não, simplesmente, nos seus ensinamentos.[16] O Cristianismo é o próprio Cristo.

A encarnação é toda e inclusivamente missionária: o Verbo fez-se carne e habitou entre nós (Jo 1.14). É por isso também, que o Cristianismo é uma religião de memória, relatando os feitos de Deus e desafiando o povo a reafirmar a sua fé a partir do rememorar dos atos de Deus na história.[17]

Bavinck (1854-1921) corretamente destaca a singularidade de Cristo para o Cristianismo:

Ele ocupa um lugar completamente único no Cristianismo. Ele não foi o fundador do Cristianismo em um sentido usual, ele é o Cristo, o que foi enviado pelo Pai e que fundou Seu reino sobre a terra e agora expande-o até o fim dos tempos. Cristo é o próprio Cristianismo. Ele não está fora, Ele está dentro do Cristianismo. Sem Seu nome, pessoa e obra, não há Cristianismo. Em outras palavras, Cristo não é aquele que aponta o caminho para o Cristianismo, Ele mesmo é o caminho.[18]

Se as reivindicações divinas e redentivas do Jesus Cristo histórico são verdadeiras como de fato são, a mensagem do evangelho deve ser anunciada ao mundo para que aqueles que crerem sejam salvos.

Noll resume bem ao dizer que: “Estudar a história do cristianismo é lembrar continuamente o caráter histórico da fé cristã”.[19] Sem o fato histórico da encarnação, morte e ressurreição de Cristo, podemos falar até de experiência religiosa, mas não de experiência cristã. A experiência cristã depende fundamentalmente desses eventos.[20]

Quando focamos o nosso olhar na experiência, corremos o risco de perdermos a dimensão da essência, do referente de toda a realidade, que é o próprio Deus Criador e preservador de todas as coisas. Nesse processo, como escreveu Barth (1886-1968), “a passagem da experiência do Senhor à experiência de Baal é curta. O religioso e o sexual são extremamente semelhantes”.[21]

É por isso que a pregação da Igreja primitiva, conforme nos mostram as Escrituras, estava fundamentalmente amparada na certeza da ressurreição do Senhor.[22]

Jesus Cristo é o clímax da Revelação; é a Palavra Final de Deus. Nele temos não uma metáfora ou um sinal, antes, temos o próprio Deus que se fez homem na história.

Escreve Sire (1933-2018):

Jesus Cristo é a revelação final e especial de Deus. Porque Jesus Cristo era verdadeiramente Deus Ele nos mostrou mais plenamente com quem Deus era semelhante do que qualquer outra forma de revelação. Porque Jesus foi também completamente homem, Ele falou mais claramente a nós do que pode fazê-lo qualquer outra forma de revelação.[23]

A fé cristã é para ser vivida e proclamada. A pregação caracteriza essencialmente a fé cristã e a sua proclamação. Paulo, então indaga:

Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! (Rm 10.14-15).

No final de sua vida, Paulo, com a consciência certa de ter concluído fielmente o seu ministério, exorta ao jovem Timóteo:

Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas (mu=qoj = lenda, mito). Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. (2Tm 4.2-5).

 

O lado divino e humano da História

A História da Igreja, bem como da Teologia, tem um lado divino: Deus dirige a História e, um lado humano: os fatos compartilhados por todos nós que a vivemos. Os atos de Deus na história não são objeto de análise do historiador. Não somos Lucas, inspirados infalivelmente por Deus, apresentando uma interpretação inspirada.[24]

A relação entre a história e a teologia é extremamente complexa e de difícil interpretação.[25] Além disso, é preciso delimitar a esfera de domínio do historiador e do teólogo. Somos homens comuns, que procuramos estabelecer métodos, examinar documentos, fazer-lhes perguntas e interpretá-los a bem da melhor compreensão possível do que aconteceu.

Nesse sentido, a História é uma ciência social “cujo objeto é o conhecimento do processo de transformação da sociedade ao longo do tempo”, escreve Sodré (1911-1999).[26] Ela tem como pressuposto, a consciência de determinada ignorância – aliás, a consciência da ignorância é um requisito fundamental para o historiador – para a qual buscaremos uma solução[27] por meio do uso que consideramos plausível dos documentos disponíveis.

Contudo não captamos o fato absolutamente. Ele, como “conhecimento autêntico e seguro”, sempre nos escapa,[28] Compreendemos, sim, as versões, as nossas versões dos fatos que julgamos serem coerentes com eles. No entanto, há uma interação mutativa: as evidências interferem em nossa cosmovisão e esta, por sua vez, fornece-nos novos cânones – provisórios é verdade – de aproximação das mesmas evidências que, agora, podem já não ser consideradas evidências.

O estudo do passado, se devidamente compreendido, ainda que não exaustivamente, pode nos levar a reavaliar as nossas próprias suposições que, em muitos casos, são “crenças correntes”[29] já tão bem estabelecidas que julgávamos acima de qualquer “suspeita”. Duby (1919-1996), colocou isso de forma bela e ao mesmo tempo angustiante: “Todo historiador se extenua para conseguir a verdade; essa presa escapa-lhe sempre”.[30]

 A História da Igreja, por exemplo, é uma ciência que não está atrelada a nenhuma ciência em particular. Como ciência histórica, deve apresentar um quadro histórico e cronológico dos principais fatos da vida da Igreja do período analisado. Para que isso seja feito com clareza, tornam-se necessárias fontes documentais, onde possamos nos alicerçar para exaurir as informações de cada época, a fim de formular um quadro interpretativo coerente com os documentos disponíveis.

 

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa.

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[1] John Piper, O Legado da Alegria Soberana: a graça triunfante de Deus na vida de Agostinho, Lutero e Calvino,  São Paulo: Shedd, 2005, p. 124.

[2] Michael Horton, Doutrinas da fé cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2016, p. 16-17.

[3]Karl Barth, Esboço de uma Dogmática, São Paulo: Fonte Editorial, 2006, p. 12.

[4]Meu antigo e saudoso professor de História da Igreja, escreveu: “[A História da igreja é] a narração dos fatos relativos à origem, ao desenvolvimento e propósito do Reino de Deus na Terra” (Lázaro Lopes de Arruda, Anotações de História da Igreja, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990, Tomo I, p. 15).

[5]D. Martyn Lloyd-Jones, Do temor à Fé, Miami: Editora Vida, 1985, p. 23.

[6]Veja-se A.A. Hoekema, A Bíblia e o Futuro, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1989, p. 39ss. “O Reino de Deus é no Novo Testamento, a vida e a meta do mundo que correspondem às intenções do Criador” (Karl Barth, La Oración, Buenos Aires: La Aurora, 1968, p. 51).

[7] “Deus não está longe, agindo somente nos grandes momentos da História; Ele age também entrando em nossa própria história pessoal de um modo amoroso” (Francis A. Schaeffer, Não há gente sem importância,  São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 37).

[8]Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 631. “Da confiança na providência provém a mais profunda consolação e incrível tranquilidade mental para os santos. Ela os leva a repousar serenamente no seio de Deus e a encomendar-se inteiramente ao seu paternal cuidado, esperando sempre dele o bem no futuro, não duvidando de que Ele sempre cumprirá o ofício de um Pai para com eles, conferindo o bem e afastando os males; exemplos disso temos em Davi (1Sm 17.37; Sl 23.1,4,6) e em Paulo (2Tm 4.17,18). Sentem eles que sob a proteção de Deus (o qual tem todas as criaturas em seu poder), não negligenciando indolentemente os meios, nem preocupadamente pondo neles a confiança, usando-os, porém,  prudentemente segundo o seu mandamento, lançam todos os seus cuidados sobre o Senhor (1Pe 5.7) e, em todas as suas perplexidades, sempre exclamam com o pai dos fiéis: ‘O Senhor proverá’.” (François Turretini, Compêndio de Teologia, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 676).

[9] “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.  30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou(Rm 8.29-30).

[10]https://www.seminariojmc.br/index.php/2023/09/25/tentando-pensar-e-viver-como-um-reformado-reflexoes-de-um-estrangeiro-residente-parte-18/  (Consulta feita em 15.10.2023)

[11]Cf. Gene Edward Veith, Jr., De Todo o Teu Entendimento, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 22-23. Veja-se: Hermisten M.P. Costa, Introdução à Metodologia das Ciências Teológicas, Goiânia, GO.: Cruz, 2015, p. 180-193.

[12] Veja-se a exposição de Alan Richardson, Así se hicieron los Credos: Una breve introducción a la historia de la Doctrina Cristiana, Barcelona: Editorial CLIE, 1999, p. 15ss.

[13]Veja-se, por exemplo: Francis A. Schaeffer, Nenhum conflito final: a Bíblia sem erro em tudo o que ela afirma, Brasília, DF.: Monergismo, 2017, p. 13-33.

[14] Veja-se: F.A. Schaeffer, O Deus que intervém, São Paulo: Cultura Cristã, 2002, p. 250-251.

[15]Georges Duby (1919-1996), dentro de uma perspectiva puramente histórica, admite: “O Cristianismo, que impregnou fundamentalmente a sociedade medieval, é uma religião da história. Proclama que o mundo foi criado num dado momento e que, num outro, Deus fez-se homem para salvar a humanidade. A partir disso, a história continua e é Deus quem a dirige” (Georges Duby, Ano 1000, ano 2000, na pista de nossos medos, São Paulo: Editora UNESP;  Imprensa Oficial do Estado, 1999, p. 16). “Os historiadores insistiram com justeza sobre o fato de que o cristianismo é uma religião histórica, ancorada na história e se afirmando como tal” (Jacques Le Goff, Tempo: In: Jacques Le Goff; Jean-Claude Schmitt, Coords. Dicionário Temático do Ocidente Medieval, Bauru, SP.; São Paulo, SP.: Editora da Universidade Sagrado Coração; Imprensa Oficial do Estado, 2002, v. 2, p. 534). “O cristianismo, como também a religião de Israel, da qual ele nasceu, se apresenta como uma religião histórica de forma absolutamente concreta, em comparação à qual nenhuma das outras religiões do mundo pode se equiparar – nem mesmo o Islã, apesar de este se aproximar mais do cristianismo e do judaísmo, nesse sentido, que qualquer outra religião” (Christopher Dawson, Dinâmicas da História no Mundo,  São Paulo: É Realizações Editora, 2010, p. 343). Do mesmo modo: Marc Bloch, Apologia da história, ou, O ofício do historiador, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997, p. 58. Veja-se também: Gordon H. Clark, Uma visão cristã dos homens e do mundo, Brasília, DF.: Monergismo, 2013, p. 85, 92.

[16] Veja-se: Alister E. McGrath, Paixão pela Verdade: a coerência intelectual do Evangelicalismo, São Paulo: Shedd Publicações, 2007, p. 23ss. “Qualquer coisa que se apresente como cristianismo, mas que não insista na absoluta e essencial necessidade de Cristo, não é cristianismo. Se Ele não for o coração, a alma e o centro, o princípio e o fim do que é oferecido como salvação, não é a salvação cristã, seja lá o que for” (D. M. Lloyd-Jones, O supremo propósito de Deus: Exposição sobre Efésios 1.1-23, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1996, p. 143). “O evangelho nos confronta com fatos. Ele se baseia completamente numa pessoa; está fundamentado em fatos definidos que ocorreram ao longo da história. (…) Ele me conduziu por entre os fatos, ao longo do túnel das trevas em direção à aurora que ilumina a outra extremidade” (D.M. Lloyd-Jones, Não se perturbe o coração de vocês, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2016, p. 29). Vejam-se Alister E. McGrath, A gênese da doutrina: fundamentos da crítica doutrinária, São Paulo: Vida Nova, 2015, p. 195ss.; D.A. Carson, O que é o evangelho? – revisitado: In:  Sam Storms; Justin Taylor, orgs. John Piper: Ensaios em sua homenagem, São Paulo: Hagnos, 2013, [p. 177-206], p. 204.

[17] Veja-se: Michael S. Horton, Os Sola’s de Reforma: In: J.M. Boice;  B. Sasse, Reforma Hoje,  São Paulo: Cultura Cristã, 1999, [p. 97-127], p. 97.

[18] Herman Bavinck, Teologia Sistemática, Santa Bárbara d’Oeste, SP.: SOCEP., 2001, p. 311.

[19] Mark A. Noll, Momentos Decisivos na História do Cristianismo, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2000, p. 16. Veja-se também: Clyde P. Greer, Jr., Refletindo Honestamente sobre a História: In: John F. MacArthur Jr. ed. ger. Pense Biblicamente!: recuperando a visão cristã do mundo, São Paulo: Hagnos, 2005, p. 400-401.

[20] Cf. J. Gresham Machen, Cristianismo e Liberalismo, São Paulo: Os Puritanos, 2001, p. 77.

[21] Karl Barth, A Palavra de Deus e a Palavra do homem, São Paulo: Novo Século, 2004, p. 217.

[22]“Gostemos ou não, não podemos escapar ao fato de que historicamente o Cristianismo foi fundado sobre a crença na ressurreição” (Alan Richardson, Así se hicieron los Credos: Una breve introducción a la historia de la Doctrina Cristiana, Barcelona: Editorial CLIE, 1999, p. 24).

[23]James W. Sire, O universo ao lado, São Paulo: Hagnos, 2004, p. 40.

[24]Carson constatando a secularização na prática e nos discursos, arrematou: “Hoje não existe um departamento de história na terra que aprovaria uma dissertação de doutoramento que tentasse inferir algumas coisa sobre a providência” (D.A. Carson, O Deus amordaçado: o Cristianismo confronta o pluralismo, São Paulo: Shedd Publicações, 2013, p. 38-39). Por sua vez, estimulando a nossa modéstia na interpretação da histórica, veja-se: Darryl G. Hart, 1929 e tudo aquilo, ou o que o calvinismo diz aos historiadores em busca de significado?: In: David W. Hall, Calvino em praça pública,  São Paulo: Cultura Cristã, 2017, p 19-34.

[25] Ver: Michel De Certeau, A Escrita da História, 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002, p. 33ss.

[26]Nelson W. Sodré, Formação Histórica do Brasil, São Paulo: Brasiliense, (1962), p. 3.

[27]Veja-se: R.G. Collingwood, A Ideia de História, Lisboa: Editorial Presença, [s.d.], p. 21.

[28]“O homem sente necessidade absoluta de chegar ao conhecimento autêntico do que verdadeiramente aconteceu, ainda que tenha consciência da pobreza dos meios de que para isso dispõe” (Johan Huizinga, El Concepto de la Historia y Otros Ensayos, 4. reimpresión, México: Fondo de Cultura Econômica, 1994, p. 92).

[29]Veja-se: Quentin Skinner, Liberdade antes do Liberalismo, São Paulo: Editora UNESP/Cambridge, 1999, p. 90.

[30] Georges Duby, O Prazer do Historiador: In: Pierre Nora, et. al. Ensaios de Ego-História, Lisboa: Edições 70, (1989), p. 110.

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