Rei e Pastor: O Senhor na visão e vivência dos salmistas – 19

6.1.8.3. Julga com Justiça

Por meio de uma imagem vívida, Salomão revela a profundidade e o rigor do exame divino. O Senhor sonda minuciosamente o nosso coração, perscrutando cada intenção e pensamento oculto: “O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações (bl) (lebh) prova (!x;B’)(bahan) o SENHOR” (Pv 17.3/Jr 17.10).[1]

Deus conhece as nossas motivações e intenções. Escreve Salomão:

Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa (!k;T’) (takan) (medir, examinar, considerar, calcular a grandeza)[2] os corações (bl) (lebh)? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras? (Pv 24.12).

O juízo de Deus está relacionado a este conhecimento:

Enganoso é o coração (bl) (lebh), mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração (bl) (lebh), eu provo (!x;B’) (bahan) os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto de suas ações. (Jr 17.9-10).

Por isso, o salmista encontra consolo ao declarar: “Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração (bl) (lebh) (Sl 7.10).

Essa é a alegria singular dos que andam com integridade diante de Deus: “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração (bl) (lebh) (Sl 32.11).

Assim, o salmista que inicia o Salmo 7 suplicando pela salvação divina, encerra-o com gratidão jubilosa, celebrando a justiça do Senhor: “Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo” (Sl 7.17).

Deus é o padrão absoluto

A justiça de Deus é inseparável de sua retidão. Ele é justo em essência, e todos os seus atos refletem essa natureza santa, perfeita e imutável. Não há injustiça em Deus, pois Ele age sempre de modo coerente com seu próprio caráter. Como bem resume Sproul (1939–2017): “A justiça de Deus nunca está separada de sua retidão. (…) Sua justiça é perfeita.” [3]

Ao afirmarmos que Deus julga com justiça, reconhecemos que há um padrão ético e moral absoluto que norteia todas as suas ações. Esse padrão não é externo a Ele, mas reside em sua própria santidade. Por isso, o juízo divino não é presunçoso, arbitrário ou impulsivo — é expressão fiel de sua santidade e resultado de seu governo soberano e sábio.

A justiça de Deus consiste em sua constante e infalível disposição de conceder a cada um o que lhe é devido, segundo sua verdade e retidão.[4] Não há sombra de injustiça em Deus, pois Ele age sempre em conformidade com sua natureza santa e justa. Seu juízo não é arbitrário, nem impulsivo, mas decorre de seu governo soberano e sábio.

Ele é Rei autônomo

Como vimos, Deus é Rei. Seu trono está fundamentado em sua autonomia eterna. O trono pertence a Ele − não é derivado de nenhuma autoridade externa. Existe trono porque Deus é o Rei. É Ele quem sustenta o direito e se assenta com autoridade própria para julgar: “No trono te assentas e julgas” (Sl 9.4).

Por isso, toda autoridade está subordinada à autoridade divina. Há autoridade porque Deus é o seu Autor (Jo 10.18; Rm 9.21; 13.1). [5]

A soberania de Deus na vida de José

Em uma passagem amplamente conhecida da vida de José, constatamos sua fé convicta em Deus e sua interpretação correta dos eventos: mesmo os atos perversos dos homens não escapam ao propósito soberano de Deus. Ainda assim, todos são plenamente responsáveis por suas ações.

Essa verdade nos traz profundo consolo − pois nada foge ao controle do justo Juiz − e, ao mesmo tempo, uma séria advertência: nossos possíveis atos de perseguição, difamação ou calúnia não passam despercebidos diante daquele que julga com retidão.

Ao se revelar aos seus irmãos, José declara: “Deus me enviou adiante de vós para conservar-vos um remanescente na terra e para preservar-vos a vida por um grande livramento. Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus” (Gn 45.7-8).

José reconhece que, embora seus irmãos tenham agido com maldade ao vendê-lo, Deus estava soberanamente conduzindo os eventos para cumprir seus propósitos. A ação humana não anulou o plano divino; ao contrário, foi usada por Deus para salvar vidas e preservar a linhagem da promessa.

Mais tarde, após a morte de Jacó, os irmãos temem que José se vingue. Mas ele responde com humildade e reverência: “Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50.19-20).

José reafirma que Deus é o Juiz supremo, e que ele, como servo, jamais usurparia esse lugar. O mal planejado pelos irmãos foi transformado por Deus em instrumento de salvação − uma poderosa demonstração de sua soberania, que não elimina, mas transcende a responsabilidade humana.

A realidade é esta: Deus reina soberanamente sobre toda a história − inclusive sobre os capítulos mais dolorosos e injustos. Os seres humanos são moralmente responsáveis por suas escolhas e ações, mas Deus, em sua infinita sabedoria e graça, é capaz de transformar até as intenções mais perversas em instrumentos de redenção. Nada escapa ao seu controle, e nenhum sofrimento é desperdiçado em suas mãos. Ele não apenas permite, mas redime − conduzindo tudo para o cumprimento de seus propósitos eternos, para a glória do seu nome e o bem do seu povo.

A Soberania de Deus e a auto-entrega de Jesus

Pilatos, tomado por sentimentos confusos diante do nosso Senhor, tenta adverti-lo com arrogância durante o interrogatório: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?” (Jo 19.10).

Ao que o Senhor Jesus, totalmente confiante na soberania de Deus e fiel ao cumprimento do Pacto da Graça, responde ressaltando a injustificada arrogância de Pilatos − cuja autoridade era delegada por seus superiores, que, assim como ele, teriam de prestar contas a Deus, o único que a concede: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem” (Jo 19.11).

Juízes devem se lembrar de Deus

Por isso, os juízes devem sempre se lembrar, ao proferirem suas sentenças, que em última instância o juízo pertence a Deus. Eles exercem uma autoridade delegada, e como tal, são responsáveis diante daquele que é o justo Juiz de toda a terra. Portanto, devem julgar com integridade, guiados não por interesses pessoais ou pressões externas, mas pelos padrões de justiça revelados por Deus − padrões que exigem retidão, imparcialidade e temor ao Senhor.

É neste sentido que Moisés instrui os juízes de Israel: “Não sereis parciais no juízo, ouvireis tanto o pequeno como o grande; não temereis a face de ninguém, porque o juízo (jP’v.mi) (mishpat) é de Deus” (Dt 1.17).

Independentemente dos juízos humanos − que, por vezes, podem ser expressão do juízo de Deus − é Ele, e somente Ele, quem julga o mundo com justiça perfeita. O juízo definitivo pertence ao Senhor. Assim, tanto o ato de burlar a lei quanto o sofrimento causado por injustiças jamais passam despercebidos diante daquele que tudo vê e julga com retidão. O Senhor é quem julga! Como dissemos, essa verdade traz profundo conforto aos que são injustiçados − pois há um Juiz justo que não falha − e, ao mesmo tempo, impõe séria responsabilidade àqueles que exercem autoridade ou praticam o mal, pois todos prestarão contas diante de Deus.

Retidão consoante com sua justiça

Reafirmando o que vimos, podemos destacar: a retidão de Deus está em plena consonância com sua justiça. A justiça é a expressão do seu caráter essencialmente santo. Deus é justo em todos os seus atos e jamais se desvia de seu próprio padrão, que decorre de sua santidade. A prática da justiça − também chamada de retidão − significa agir conforme o caráter de Deus, aquele que é absolutamente justo.

Deus é o próprio padrão: “Deus é fidelidade, e não há nele injustiça: é reto e justo (qyDIc;) (tsadiyq)(Dt 32.4).  “Ele mesmo julga (jp;v) (shaphat) o mundo com justiça; administra (!yD) (diyn) os povos com retidão (rIv’yme.) (meshar) (Sl 9.8), escreve o salmista.

Não há injustiça nos mandamentos de Deus. Não há contradição, equívocos ou parcialidade. Todos são igualmente justos. Essa convicção bíblica deve estimular o nosso louvor conforme vivenciou o salmista: “A minha língua celebre a tua lei, pois todos os teus mandamentos são justiça (qd,c,) (tsedeq) (Sl 119.172).

O trono do Senhor está fundamentado em sua própria natureza santa, verdadeira e justa. É assim que Ele governa: Justiça (qd,c) (tsedeq) e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem” (Sl 89.14).

Por isso, como bem interpreta Calvino, “a maior desonra que alguém poderia lançar sobre seu nome é a de contestar sua justiça”, interpreta Calvino.[6]

Não há injustiça nos mandamentos de Deus. Não há contradição, equívoco ou parcialidade. Todos são igualmente justos. Essa convicção bíblica deve estimular o nosso louvor, como vivenciou o salmista: “A minha língua celebre a tua lei, pois todos os teus mandamentos são justiça (qd,c,) (tsedeq) (Sl 119.172).

Podemos, portanto, afirmar que a justiça é a expressão visível da santidade de Deus em suas relações com as criaturas, conforme revelada nas Escrituras.

A justiça divina se caracteriza por uma ação absolutamente coerente com sua natureza eterna e perfeita. Deus nos instrui por meio de caminhos justos, pois todos os seus caminhos refletem sua essência santa e reta. Seus atos são sempre íntegros, e jamais se desviam do padrão da verdade e da equidade que emanam do seu próprio caráter.

Deus julga com justiça porque Ele, como o seu Filho, ama a justiça e aborrece a iniquidade: “Amas a justiça (qd,c) (tsedeq) e odeias a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros” (Sl 45.7/Hb 1.8-9).

Deísmo, Panteísmo Teísmo finito e Panenteísmo

 O salmista parte de uma certeza inabalável: o mundo não está entregue ao acaso, tampouco ao governo autônomo dos homens. Como vimos, embora Deus compartilhe com o ser humano aspectos de seu poder e autoridade, jamais renunciou à sua soberania absoluta.

Nesse contexto, não há espaço para concepções equivocadas como:

  • Deísmo − que apresenta Deus como um Criador distante, alheio à criação;
  • Panteísmo − que confunde Deus com a própria matéria;
  • Teísmo Finito − que admite um Deus bondoso, porém limitado diante do mal;
  • Panenteísmo [7] (pa=n-e)n-Qeo/j) (“Tudo está em Deus”).[8] − que afirma que tudo está em Deus, mas sem distinguir claramente entre Criador e criação.

A cosmovisão bíblica, expressa nos Salmos e em toda a Escritura, afirma que Deus reina soberanamente sobre todas as coisas, conduzindo a história com justiça, graça e verdade. O mundo está sob o governo do Senhor − não de forças impessoais, nem de vontades humanas desordenadas.

Como criador, preservador e proprietário de todas as coisas, Ele governa e julga com justiça: Justo (qyDIc;) (tsadiyq) é o Senhor em todos os seus caminhos, benigno em todas as suas obras” (Sl 145.17).

O salmista, confiante na justiça de Deus, ora: “Julga-me, SENHOR, Deus meu, segundo a tua justiça (qd,c) (tsedeq); não permitas que se regozijem contra mim” (Sl 35.24).

Os servos de Deus em todos os momentos têm a certeza de quem é o seu Senhor e, portanto, podem professar sua fé:  Justo (qyDIc;) (tsadiyq) és, SENHOR, e retos, os teus juízos” (Sl 119.137). 4Porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas (jp;v’) ((shaphat) retamente (qd,c) (tsedeq). (…) 8Ele mesmo julga o mundo com justiça (qd,c) (tsedeq); administra os povos com retidão (rIv’yme.) (meshar)[9] (Sl 9.4,8).

A insuficiência das leis

A certeza de que há leis e de que somos governados por meio delas, embora importante, não é suficiente para nos fazer sentir confiantes em todo tempo.

Muitas vezes, nossas causas nos parecem pequenas − perdidas entre tantas outras de maior proporção ou relevância, conforme o grau de interesse de quem compete julgar − e, por isso, nem alimentamos grandes esperanças, tendendo a assumir uma inércia lastimosa.

Nesses momentos, cultivamos uma espécie de ceticismo, fruto da convicção − frequentemente ilustrada −— de que não há espaço real para a justiça. A generalização indevida é pródiga em fomentar esse ceticismo, que, por sua vez, apenas retroalimenta nossa insatisfação e o impulso de disseminá-la de forma corrosiva entre os crentes.

O salmista, no entanto, afirma que o Deus que rege as nações e julga o mundo com justiça também sustenta o direito e a causa de cada um dos seus. Ou seja, Deus cuida pessoalmente de nós e de nossas causas; nada fica esquecido ou perdido em meio aos “papéis” e “processos”. Por isso, o salmista dizer: “Sei que o SENHOR manterá a causa (!yD) (diyn) do oprimido (ynI[‘) (`aniy) e o direito (jP’v.mi) (mishpat) do necessitado (!Ayb.a) (‘ebyon)(Sl 140.12).

Em outro salmo, o escritor exulta: “Reina o SENHOR. Ele firmou o mundo para que não se abale e julga (!yD) (diyn) os povos com equidade” (Sl 96.10).

Boice (1938-2000) comenta:

Há dois aspectos sobre os quais esta estância fala do reinado de Deus. 1. Deus governa toda a história atualmente. Às vezes é difícil apreciar este fato porque há muita injustiça e violência no mundo. Não obstante, Deus de fato governa no sentido de que, tanto põe em cheque o mal, como também intervém de tempo em tempo para julgá-la na história. (…) 2. Deus vai julgar as nações do mundo com perfeita justiça no futuro.[10]

Algumas considerações

Em um mundo marcado por injustiças, parcialidades e decisões humanas falíveis, a certeza de que Deus julga com retidão nos consola e fortalece. Ele não apenas conhece os fatos, mas sonda os corações, pesa as intenções e julga com equidade. Isso nos permite descansar, mesmo quando nossas causas parecem esquecidas ou desprezadas.

A história de José e a entrega voluntária de Cristo revelam que Deus conduz soberanamente os eventos − inclusive os mais dolorosos − sem jamais eximir os homens de sua responsabilidade moral. Essa verdade nos chama à vigilância ética e à confiança reverente: o mal não triunfa, e o justo Juiz não falha.

Juízes, líderes e governantes devem lembrar que sua autoridade é derivada. O juízo pertence a Deus. Por isso, devem julgar com integridade, sem favoritismo, guiados pelos padrões divinos de justiça e retidão. A consciência dessa delegação deve gerar humildade e responsabilidade.

Deus não apenas pratica justiça − Ele é justo. Sua justiça é perfeita porque decorre de sua natureza santa. Isso nos ensina que não há contradição ou parcialidade em seus mandamentos. Devemos, portanto, amar a justiça como Ele ama, e odiar a iniquidade como Ele odeia.

O mundo não está entregue ao caos, ao destino cego ou à autonomia humana. Deus reina. Ele é o Criador, Sustentador e Juiz de todas as coisas. Essa convicção nos livra do desespero e nos convida à adoração confiante: “Reina o Senhor!”

Como o salmista, podemos iniciar nossas orações com súplicas e encerrá-las com louvor. A certeza de que Deus julga com justiça e sustenta a causa dos oprimidos nos leva a cantar, mesmo em meio à dor. A justiça de Deus não é apenas doutrina − é fonte de alegria para os retos de coração.

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa

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[1]Vejam-se também: Sl 26.2; 66.10; 139.23; Pv 21.2; 24.12.

[2] Para uma discussão a respeito da origem e significado da palavra, vejam-se:   M. Delcor, Medir: In: E. Jenni; C. Westermann, Diccionario Teologico Manual del Antiguo Testamento, Madrid: Ediciones Cristiandad, 1978, v. 2, p. 1306-1310; Bruce K. Waltke, Takan: In: R. Laird Harris, et. al.  eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 1640-1641.

[3] R.C. Sproul, A Santidade de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 1997, p. 121.

[4] Cf. François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 315.

[5] Cf. R.C. Sproul, Eleitos de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 1998, p. 19-20.

[6]João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 50.21), p. 417.

[7] Termo criado pelo filósofo alemão, discípulo de Kant, Friedrich Krause (1781-1832) em 1828. Com esse termo ele desejava identificar o seu sistema distinguindo-o do panteísmo e do teísmo. Tudo estaria em Deus mas, Deus não se limitaria ao mundo.

[8]Veja-se: W. Gary Crampton; Richard E. Bacon, Em Direção a uma Cosmovisão Cristã, Brasília, DF.: Monergismo, 2010, p. 93-106; Cosmovisão: In: Norman Geisler, Enciclopédia de apologética, São Paulo: Vida, 2002, (2. impressão), p. 188-189. Horton sugere que o panteísmo/panenteísmo tem sido o rival mais dominante da fé bíblica desde a Antiguidade (Michael Horton, Doutrinas da fé cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2016, p. 41).

[9]A palavra retidão significa, entre outras coisas: Sinceridade (1Cr 29.17); Equidade (Sl 17.2; 96.10; 98.9; 99.4; Pv 1.3; 2.9); Retamente (Sl 75.2); Coisas retas (Pv 8.6; 23.16); Suavidade (Pv 23.31; Ct 7.9); Caminho plano (Metaforicamente) (Is 26.7); Reto (Is 33.15); Direito (Is 45.19); Concórdia (Dn 11.6).

[10] James M. Boice,  Psalms 42-106,  Grand Rapids, Michigan: Baker Books, 1996, v. 2, p. 786-787.