1.3. O Deus Perdoador (Continuação)
O método de Deus
Deus em sua Palavra utiliza-se de um triplo método para tratar conosco:
1) Realça o nosso pecado a partir da sua santidade, demonstrando que todo pecado é uma afronta a Ele.
2) Demonstra as consequências inerentes ao pecado como resultado do governo de um Deus justo que não é indiferente ao mal.
3) Nos convida ao arrependimento de nossos pecados, confissão e reestruturação do que quebramos, demonstrando o seu prazer em nos perdoar pela graça nos reeducando espiritualmente.
A confissão sincera, fruto de uma alma arrependida, é o caminho pelo qual o Espírito Santo desperta em nós a consciência do perdão, conduzindo-nos à paz com Deus, que sempre se compadece daqueles que reconhecem seus pecados e anseiam pela segurança restauradora da graça.
A Paz que Nasce da Confissão
A confissão é mais do que um ato religioso − é o transbordar de uma alma que reconhece sua fragilidade diante de Deus. Quando o coração, persuadido pelo Espírito, se curva em arrependimento sincero, o Espírito Santo age com ternura, despertando em nós a consciência do perdão que há em Cristo Jesus. É nesse encontro íntimo, entre a verdade do pecado e a graça da misericórdia, que começa a gestação da paz.
Deus não despreza o coração quebrantado. Ele sempre se compadece daqueles que, com humildade, reconhecem suas falhas e se lançam à oração como um clamor por restauração.[1] A confissão não é mera formalidade − é uma resposta à compulsão interior que nos impele a buscar a segurança consoladora do perdão divino.
Na confissão, encontramos não apenas alívio, mas também renovação. É ali que a alma cansada se reveste de esperança, e o crente, consciente de sua condição, é acolhido pela graça que transforma e reconcilia.
A misericórdia de Deus propicia o perdão que se renova (Ne 9.18,19,27,28,31). “Quando o pecador se apresenta perante o trono de misericórdia, com sincera confissão, ele encontra a reconciliação divina à sua espera”, exulta Calvino.[2]
A santidade proposta por Deus para seus filhos consiste na harmonia de sua vida e ação com a beleza da santidade eterna de Deus expressa na sua revelação e, perfeitamente, em Jesus Cristo. No entanto, o pecado nos descaracterizou, nos desfigurou como imagem de Deus
Rebelião contra Deus
Portanto, o grande problema do homem é a sua permanente rebelião contra Deus.[3] Pecado consiste basicamente numa atitude errada para com Deus. “Pecado não é tanto uma expressão do que fazemos quanto uma expressão do nosso relacionamento com Deus”, interpreta Lloyd-Jones.[4]
A Palavra de Deus ao povo de Israel permanece como verdade para todos aqueles que ainda se encontram distantes dele: “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim” (Is 1.2).
Todos, sem exceção, estão nessa situação, até que conheçam, pela fé, salvadoramente a Cristo.
Nem vitimização, nem arrogância
O caminho proposto por Deus é o arrependimento e a confissão. Ele não se impressiona com nossas maquiagens espirituais, nem se deixa enganar por truques de aparência. Deus não é simplesmente de festas e brilhos: decotes, luzes, peelings, botox, emoções perpetuadas em closes e sorrisos fáceis.
Antes, trata com dignidade a nossa indignidade. Lida com santidade e misericórdia o nosso pecado. Deus vai direto ao cerne da questão − aquele ponto já quase inacessível a nós, soterrado por entulhos assimilados pela cultura e manipulados pelo nosso pecado conivente.
O fato, portanto, é este: Deus perdoa todos aqueles que, arrependidos e entristecidos por seus pecados, o procuram de mãos vazias − sem arrogância, sem vitimizações.
O próprio Deus declara: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões ((a$ep) (pesha’) por amor de mim” (Is 43.25). “Desfaço as tuas transgressões ((a$ep) (pesha’) como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi” (Is 44.22).
A palavra ((a$ep) (pesha’) significa revolta ou recusa a se submeter a uma legítima autoridade (boa ou má); ultrapassando o limite estabelecido; cometer uma fraude. (Ex 22.9; 2Rs 3.7; 8.20; 2Cr 21.8).
Pela ótica do transgressor – que rompe com o poder legítimo –, o que houve foi libertação; uma rebelião que elege um novo senhor que nada mais é do que o nosso ego com as suas inclinações, interesses e desejo de egorreferência. Agora, segundo pensa, assumiu o real controle de sua vida elegendo o seu eu como prioritário em detrimento de qualquer outra relação.
Desse modo, a palavra tem o sentido de rompimento de relacionamento, envolvendo a ideia de abandono de compromissos assumidos; uma quebra intencional de uma norma ou padrão; uma rebelião. Quando se refere a Deus, é uma “afronta ostensiva dos homens à pessoa de Deus”, pontua Luc.[5]
O termo refere-se também à quebra proposital de um pacto e, consequentemente, de uma confiança depositada. É uma subversão intencional e consciente da Lei e do governo de Deus.[6] É como alguém que ergue o punho contra o padrão estabelecido por Deus.[7] É uma provocação aberta, explícita e descarada feita pelo homem a Deus.
A palavra tem um amplo emprego, sendo proveniente da esfera política (2Rs 1.1; 3.5,7; 8.20,22; 2Cr 21.10)[8] englobando o campo jurídico e familiar.
Davi quando poupou a vida de Saul pela primeira vez, mostrou-lhe a orla do seu manto que cortara, dizendo:
Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão. No fato de haver eu cortado a orla do teu manto sem te matar, reconhece e vê que não há em mim nem mal nem rebeldia ((a$ep) (pesha’), e não pequei contra ti, ainda que andas à caça da minha vida para ma tirares (1Sm 24.11).
Rebelião contra Deus
No entanto, a palavra se concentra de forma mais intensa na rebelião contra Deus.
Por meio de Isaías, Deus se refere desse modo ao povo de Israel: “Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, ó terra, porque o SENHOR é quem fala: Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados ((a$ep) (pesha’) contra mim” (Is 1.2).
“O sentido predominante de pesha’ é o de rebelião contra a Lei e a Aliança de Deus, e, por conseguinte, o termo é um substantivo coletivo que denota a totalidade de iniquidades e um relacionamento fraturado”, escreve Livingston (1916-2012).[9]
Essa atitude rompe a comunhão entre Deus e o homem. Muitas vezes, sem sequer percebermos, a transgressão se torna um fardo que carregamos silenciosamente. Ela não é apenas um erro moral − é a expressão de um coração em rebelião. E sobre esse coração recai o juízo condenatório de Deus: a separação, o peso da culpa, e a justa sentença que revela nossa necessidade urgente de redenção: “A terra cambaleará como um bêbado e balanceará como rede de dormir; a sua transgressão ((a$ep) (pesha’) pesa sobre ela, ela cairá e jamais se levantará” (Is 24.20).
Essa é a confissão do povo de Israel: “Porque as nossas transgressões ((a$ep) (pesha’) se multiplicam perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões ((a$ep) (pesha’) estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades” (Is 59.12).
Davi, carrega consigo a consciência de ter o seu pecado continuamente presente diante de seus olhos. O sentimento de culpa o corrói: “Pois eu conheço as minhas transgressões ((a$ep) (pesha’), e o meu pecado está sempre diante de mim” (Sl 51.3).
A transgressão não é um simples ato isolado. Ela nasce de um desejo profundamente enraizado no coração. O pecado não está apenas nos lugares que frequentamos − embora alguns ambientes favoreçam sua ignição −, mas o carregamos conosco, para onde quer que vamos e nos encontremos.
O próprio Davi reconhece que o desejo de transgredir está no coração do ímpio. Ele alimenta isso no seu coração, no centro vital de sua existência.
A transgressão reflete a falta do temor de Deus: “Há no coração (ble) (leb) do ímpio a voz da transgressão ((a$ep) (pesha’); não há temor de Deus diante de seus olhos” (Sl 36.1).
Soberba e transgressão
No salmo 19, Davi suplica a Deus: “Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão ((a$ep) (pesha’)” (Sl 19.13).
Há sempre o perigo de nos sentirmos seguros demais, quando nos julgamos autossuficientes; quando supomos poder decidir sozinhos o que vamos fazer sem a orientação de Deus. Obviamente aqui as armadilhas e quedas múltiplas já estão armadas.
A nossa queda se avizinha quando nos julgamos seguros para fazer o que queremos, dando rédeas soltas aos nossos desejos independentemente de Deus e de sua Palavra.
No salmo 51 Davi − escrito após ser confrontado em seu pecado pelo profeta Natã −, arrependido, confessa que sabe, tem consciência de suas transgressões:
Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade (desex) (hesed); e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões ((a$ep) (pesha’). (…) Pois eu conheço as minhas transgressões ((a$ep) (pesha’), e o meu pecado está sempre diante de mim (Sl 51.1,3).
O caminho da transgressão é uma loucura que nos conduz ao sofrimento: “Os estultos, por causa do seu caminho de transgressão ((a$ep) (pesha’) e por causa das suas iniquidades, serão afligidos” (Sl 107.17).
Contudo, quando estamos dominados, enlaçados por um espírito transgressor, não percebemos; antes, vemos sempre ilusoriamente além; um novo passo para a consecução de nossos planos. A transgressão nos enlaça.
No exercício desta suposta liberdade prestamos um serviço escravo ao pecado que domina de forma cada vez mais intensa a nossa mente e se manifestará em nossos lábios, nos enlaçando:
Pela transgressão ((a$ep) (pesha’) dos lábios o mau se enlaça, mas o justo sairá da angústia. (Pv 12.13).
No muito falar não falta transgressão ((a$ep) (pesha’), mas o que modera os lábios é prudente. (Pv 10.19).
Na transgressão ((a$ep) (pesha’) do homem mau, há laço, mas o justo canta e se regozija. (Pv 29.6).
O antídoto contra a transgressão não está em esforços humanos ou aparências religiosas, mas em perseverar no reto caminho do Senhor, em obediência e humildade.
Por intermédio de Oséias Deus convoca o povo de Israel ao arrependimento antes que seja tarde demais. É um chamado urgente, carregado de amor e justiça. Conclui então: “Quem é sábio, que entenda estas coisas; quem é prudente, que as saiba, porque os caminhos do SENHOR são retos (rv’y”) (yashar), e os justos andarão neles, mas os transgressores ([v;P’) (pasha) neles cairão (lv;K’) (kashal)” (Os 14.9).
O transgressor não sabe andar por caminhos retos; ele gosta da aventura da transgressão, da sinuosidade. Para o transgressor, o que é reto é uma tentação ao deslize. Como ele carrega dentro de si o desejo pela transgressão, nada que seja justo, reto e puro está imune ao seu desejo de transigir, se rebelar, torcer, contaminar.
Davi suplica: “Livra-me de todas as minhas iniquidades ((a$ep) (pesha’); não me faças o opróbrio do insensato” (Sl 39.8).
Na velhice Davi clama pela misericórdia de Deus: “Não te lembres dos meus pecados (hf)f+Ah) (hatã’â) da mocidade, nem das minhas transgressões ((a$ep) (pesha’). Lembra-te de mim, segundo a tua misericórdia (desex) (hesed), por causa da tua bondade, ó SENHOR” (Sl 25.7).
Todas as vezes que, conscientemente, quebramos a Lei de Deus − desobedecendo à sua Palavra e desprezando seus mandamentos − cometemos transgressão. A rebelião, nesses momentos, é contra o próprio Senhor, que nos instrui com amor por meio das Escrituras.
Contudo, o sentimento de culpa que nos invade após o pecado não é apenas um peso − é uma manifestação amorosa de Deus para com seus filhos. É o sinal de que ainda ouvimos sua voz, de que o Espírito Santo continua a nos convencer do erro e a nos chamar de volta.
Por isso, precisamos reconsiderar o nosso caminho, confessar sinceramente o nosso pecado e suplicar pelo perdão divino. A culpa, nesses casos, é o sinal da graça. E o perdão, quando recebido, é a graça em sua plenitude − restauradora, libertadora, reconciliadora.
O pecado sempre envolve a transgressão de algum mandamento divino. Por isso, todo pecado é, em sua essência, uma afronta contra Deus − ainda que, de forma secundária, envolva o próximo, a natureza ou a sociedade. É impossível pecar contra nós mesmos ou contra qualquer aspecto da criação sem, ao mesmo tempo, pecarmos contra o Criador. Toda ofensa carrega consigo a violação de sua vontade revelada.
Os mandamentos de Deus abrangem toda a realidade e todas as relações humanas. Isso se deve ao fato de que Ele é o Senhor de tudo e cuida pessoalmente de sua criação. Seu propósito é que a sua imagem, refletida no ser humano, se manifeste em cada uma de suas obras − em atitudes, palavras, escolhas e relacionamentos.
O pecado consiste na falta de conformidade com a Lei de Deus. Por isso, a culpa acompanha o transgressor. [10] Independentemente das consequências diretas do pecado, ele sempre traz consigo a culpa − ainda que o homem, dominado por suas paixões, tente eliminar esse sintoma que lhe parece misterioso. Mas sabemos: essa culpa é fruto do fato de que Deus criou o ser humano para se relacionar com Ele em santidade.
Mesmo diante da intensidade da rebelião humana, o convite do Senhor permanece: “Desfaço as tuas transgressões ((a$ep) (pesha’) como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi” (Is 44.22).
A culpa, nesses casos, é sinal da graça que ainda nos alcança. E o perdão, oferecido por Deus, é a graça em sua forma mais plena − restauradora, libertadora, reconciliadora.
Algumas considerações
Ao refletir sobre a natureza da transgressão e o caráter perdoador de Deus, não posso deixar de destacar alguns pontos que considero cruciais para todos nós − pecadores redimidos, mas ainda em busca de uma vida mais santa.
Não existe pecado neutro. Toda transgressão é, antes de tudo, uma afronta direta contra Deus. Mesmo quando o pecado parece atingir apenas o próximo ou a criação, ele fere o relacionamento com o Criador. Por isso, insisto: não relativize o pecado. Ele rompe a comunhão com Deus e precisa ser tratado com seriedade − não com justificativas, nem com vitimizações.
Muitos tentam fugir da culpa como se fosse apenas um peso psicológico. No entanto, quando a culpa nasce de uma consciência iluminada pelo Espírito, ela se torna uma manifestação amorosa de Deus. É o sinal de que Ele ainda nos chama. Não ignoremos esse chamado. Levemos nossa culpa à cruz, pois ali ela se transforma em cura.
Deus não apenas aponta o pecado − Ele revela suas consequências e oferece um caminho de restauração. Seu desejo é nos reeducar espiritualmente, não apenas nos perdoar. O perdão é o início de uma nova jornada. Por isso, não devemos parar na confissão, mas seguir adiante, caminhando em santificação.
A confissão sincera é o transbordar de uma alma que reconhece sua fragilidade. É nesse encontro entre a verdade do pecado e a graça da misericórdia que nasce a paz. Confessar a Deus não é um ritual vazio, mas uma entrega profunda. A alma cansada encontra descanso quando se rende à graça.
Deus não se impressiona com aparências religiosas. Ele busca corações quebrantados, mãos vazias, humildade verdadeira. Não devemos nos esconder atrás de religiosidade. Nem nos vitimizar, nem nos exaltar. Precisamos apenas confessar sinceramente os nossos pecados e mergulhar no abismo de luz do maravilhoso amor de Deus.
A transgressão é uma inclinação à torção, à rebeldia. Mas o justo anda nos caminhos retos do Senhor. A santidade não é um ideal inalcançável − é um caminho possível para quem anda com Deus em humildade e dependência. Perseveremos, pois. O caminho do Senhor é seguro, ainda que estreito. E nele há vida − vida abundante − para todos nós.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
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[1] Veja-se: Philip G. Ryken, Quando os problemas aparecem, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2018, p. 81.
[2]João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 32.5), p. 48.
[3]“O pecado é antes um poder militante diametralmente oposto à vontade divina e seus propósitos” (Gustaf Aulén, A fé cristã, São Paulo: ASTE. 1965, p. 143).
[4]D.M. Lloyd-Jones, O Caminho de Deus, não o nosso, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2003, p. 25-26.
[5]Alex Luc, Ps‘ In: Willem A. VanGemeren, org. Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, v. 1, p. 703.
[6]Veja-se: Jay E. Adams, Teologia do Aconselhamento Cristão, Eusébio, CE.: Editora Peregrino, 2016, p. 206-207.
[7]Cf. Bruce K. Waltke; James M. Houston; Erika Moore, Os Salmos como adoração cristã: um comentário histórico, São Paulo: Shedd Publicações, 2015, p. 493.
[8]“Depois da morte de Acabe, revoltou-se ((a$ep) (pesha’) Moabe contra Israel” (2Rs 1.1).
[9] G. Herbert Livingston, Pesha’: In: R. Laird Harris, et. al. eds. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 1247.
[10] No Catecismo Maior de Westminster, Perguntas 24 e 25, lemos:
- Que é pecado?
Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou a transgressão de qualquer lei por Ele dada como regra, à criatura racional.
Rm 3.23; 1Jo 3.4; Gl 3.10-12.
- Em que consiste o pecado desse estado em que o homem caiu?
O pecado desse estado em que o homem caiu consiste na culpa do primeiro pecado de Adão, na falta de retidão na qual este foi criado e na corrupção da sua natureza pela qual se tornou inteiramente indisposto, incapaz e oposto a todo o bem espiritual e inclinado a todo o mal, e isso continuamente: o que geralmente se chama pecado original, do qual precedem todas as transgressões atuais.
Rm 5.12,19 e 5.6, e 3.10-12; Ef 2.3; Rm 8.7-8; Gn 6.1 Tg 1.14-15; Mt 15.19.
