A Origem da Escola Dominical no Brasil – Parte 2

Alguns apontamentos históricos

3. Os Congregacionais: uma Escola definitiva

O Dr. Robert Reid Kalley (1809-1888), médico e pastor escocês, acompanhado de sua esposa, Srª Sarah Poulton Kalley (1825-1907), desembarcou no Rio de Janeiro no dia 10/05/1855, às cinco horas da manhã, proveniente da Inglaterra.[1]

O Dr. Kalley tivera uma experiência intensa. Ele como missionário na Ilha da Madeira[2] – desde outubro de1838[3] – realizava um trabalho muito concorrido, pontilhado por atividades de âmbito médico (fundando inclusive um hospital),[4] educacional[5] e religioso.[6] Foi então em 1843 que a Igreja romana intensificou a perseguição contra ele. Tendo permanecido cerca de seis meses preso,[7] foi liberto em janeiro de 1844.[8]

Depois de alguma trégua, em 1846 a situação tornou-se insustentável. A turba havia se voltado contra ele e, nem o Consulado dava-lhe mais garantias. As autoridades locais não eram confiáveis. A sua casa “foi assaltada e queimada a sua biblioteca e valiosos manuscritos….”.[9] Outras casas e escolas foram também destruídas.[10]

O caminho foi fugir da ilha – disfarçado de mulher enferma[11] –, juntamente com algumas famílias de seus fiéis,[12] sucedendo-lhe centenas de outros protestantes que também fugiram dali.[13]

À época, o Dr. Kalley era casado com Margaret Crawford Kalley, que viria falecer em 15/09/1851 em Beirute.[14] Posteriormente (12/12/1852),[15] casou-se com Sarah Poulton Wilson (1825-1907), “poetisa, linguista e musicista”,[16] proveniente de uma família abastada e culta, que se tornaria nossa conhecida como Sarah Poulton Kalley.[17]

As perseguições sofridas na Ilha da Madeira marcaram profundamente a sua personalidade, tornando-o bastante cauteloso em sua ação missionária, embora, sem jamais negligenciá-la.[18]

Devido à dificuldade de encontrar no Rio de Janeiro um imóvel que fosse conveniente para residência e atendesse aos seus objetivos na obra evangélica, o casal após visitar a Tijuca, Niterói e Petrópolis, decidiu-se finalmente por Petrópolis,[19] mudando-se para aquela cidade serrana em fins de julho de 1855, hospedando-se no hotel Oriente (que ficava localizado na atual Rua Sete de Abril).[20]

No dia 15 de outubro de 1855, finalmente o casal se mudou para a sua nova residência no distrito petropolitano de Schweizaerthal (bairro suíço), onde alugou a mansão “Gerheim” (“lar muito amado”),[21] de propriedade do Sr. Alexandre Fry.

 

Escola Dominical Congregacional

A Escola Dominical foi inaugurada pelo casal Kalley em “Gerheim” na tarde de 19/8/1855.[22] Isto ocorreu com a permissão do atual inquilino da mansão: o embaixador americano Sr. Webb, que ainda não desocupara a casa,[23] com quem o Dr. Kalley fez boa amizade. Na ocasião a Srª Kalley leu a história do profeta Jonas, ensinou-lhes alguns hinos[24] e deram graças ao Senhor.[25]

Passados dois ou três domingos, a escola dominical passou a funcionar com uma classe de crianças e outra de adultos, sendo esta dirigida pelo Rev. Kalley, constando alunos negros.[26]

Jardim descreve:

As classes da escola dominical continuaram a funcionar através de muitas dificuldades, tais como – os maus caminhos em ocasiões de grandes chuvas, doenças, distrações sociais, festas religiosas, visitas de amigos e, mais tarde, as ausências da amável professora, quando acompanhava o seu marido ao Rio, para animar os irmãos que tinham as suas reuniões no Bairro da Saúde.[27]

Não se dispõe de dados estatísticos de matrícula e frequência desta incipiente escola dominical; temos apenas alguns informes esparsos que nos revelam o seu crescimento constante:

Em 11/5/1856, a Srª Kalley começou a ler a Bíblia em português a algumas crianças e a duas de suas criadas (alemãs?).[28]

Neste mesmo ano as reuniões passaram a ser realizadas em português, inglês e alemão.[29]

No dia 8 de junho de 1856, além da presença de adultos, a Escola Dominical contava com dez crianças (quatro que falavam português[30] ou inglês[31] e seis que conheciam o alemão).[32]

Em 01/7/1856, há o registro de 13 alunos presentes. Num domingo de setembro, compareceram 17 alunos. A partir de outubro, a frequência média passou a ser de 20 a 25 alunos, às vezes aumentando.

Uma aluna desta época, Christina Fernandes Braga[33]– avó da famosa historiadora Henriqueta Rosa Fernandes Braga (1909-1983)[34] -, mais tarde, em 1917, relembraria com indisfarçável satisfação a sua infância, quando estudou com a Srª Kalley:

Quando eu tinha a idade de 7 anos, em 1856, frequentava a “Classe Bíblica” do Dr. Robert Reid Kalley em Petrópolis, em sua chácara, à Rua Joinville, hoje Ypiranga. Reuniam-se ali, das 2 ou 3 às 4 horas da tarde, aos domingos, para o estudo da Bíblia, sentados em volta de uma mesa grande, na sala de jantar, cerca de 30 a 40 alemães, meninos e meninas, em sua maioria, cada um trazendo seu Novo Testamento. Quem levasse decorados três versículos, recebia um cartãozinho com um texto bíblico; quem conseguisse adquirir 10 cartõezinhos, recebia um cartão maior, e quem conseguisse 3 maiores recebia um livro.

Em todas as reuniões, cantavam-se hinos.

À saída, encontrávamos os que vinham para o estudo bíblico em português – esses eram em menor número….

Após o estudo em português, reunia-se a “Classe Inglesa”.

(…) Deve-se notar que a “Classe Alemã” era mais numerosa, pois a língua alemã era mais vulgarizada em Petrópolis, naquele tempo. Tanto o Dr. Kalley, como sua esposa, Mrs. Kalley, falavam bem esse idioma….

Mrs. Kalley só matriculava alunos de oito anos para cima e, no entanto, fui matriculada antes dessa idade, devido à minha persistência e porque sabia diversos capítulos de cor….[35]

Em 30/5/1860, o casal Kalley mudou-se para uma propriedade mais central em Petrópolis, denominada de “Eyrie”, pertencente ao Barão de Lucena (1835-1913), localizada à Rua Joinville, n° 1 (Atual Avenida Ipiranga, 135).[36] A Escola Dominical continuou normalmente em sua residência.

Em 18/7/1864, nova mudança; agora o casal vai para o Rio de Janeiro, passando a residir provisoriamente na Rua do Propósito, até que a reforma da sua nova casa fosse concluída, o que ocorreu em 18/11/1864, quando então foram morar à Travessa das Partilhas, 34 (depois 44 e 56). Nesta residência, a Escola Dominical continuou funcionando na sala de jantar.

Jardim comenta: “Terminada a lição, os discípulos desciam a grande escadaria que ia ter ao salão da travessa das Partilhas, onde então se realizava o culto público e a pregação do Evangelho”.[37]

 

Encerramento da Escola Dominical em Petrópolis

Com isso, os irmãos de Petrópolis que podiam, passaram a frequentar a Escola Dominical do Rio de Janeiro, enfraquecendo assim, gradativamente a Escola de Petrópolis.[38] Por este ou por outros motivos, o fato é que este trabalho seria encerrado (1871?).[39]

No jornal O Christão,[40] encontramos um desabafo de alguém que subscrevia o seu artigo com as iniciais “A.A”, lamentando pelo término do trabalho em Petrópolis, ao mesmo tempo em que estimulava sua Igreja a reiniciar a obra evangélica naquela cidade.

Concluindo esta parte do estudo, podemos observar que a Escola Dominical organizada pelo casal Kalley, se caracterizou pela preocupação de se ensinar a Bíblia e hinos evangélicos. Recordemos o testemunho de sua antiga aluna: “Em todas as reuniões, cantavam-se hinos”.

 

Um povo que canta

O trabalho de ambos foi de grande amplitude e importância para o protestantismo brasileiro. É digno de nota que eles editaram em 1861 um hinário com 50 hinos – sendo 18 salmos e 32 hinos –, intitulado, “Psalmos e Hinos para o Uso Daquelles que Amão A Nosso Senhor Jesus Cristo”, impresso na Typograhia Universal Laemmert.[41] Esta edição ainda não dispunha de músicas.[42] O Hinário foi usado pela primeira vez no domingo, 17/11/1861.[43] A primeira edição com música só seria publicada em 1868, intitulado, Música Sacra, sendo impresso em Leipzig, na Alemanha.[44] Com o passar dos anos o Psalmos e Hinos, só letra, foi aperfeiçoado e ampliado: 2ª edição em 1865, com 83 hinos; 3ª edição em 1868 com 100 hinos, sendo 25 salmos; 4ª edição em 1873, com 130 hinos, permanecendo 25 salmos; 4ª edição, 1877, com 180 hinos, permanecendo 25 salmos.[45]

A.L. Blackford (1829-1890), missionário presbiteriano, publicou em 1867, a coletânea, Cânticos Sagrados, valendo-se, inclusive de compositores nacionais. A segunda edição foi em 1875, “com 142 salmos e hinos e mais um suplemento de 50 músicas sacras”.[46] Mais tarde ele foi ampliado, corrigido e atualizado sob a liderança do O Rev. John Boyle (1845-1892). Na nova edição, Cânticos Sagrados passou a incluir 129 salmos, enquanto a edição anterior incluía apenas 50 salmos.[47] Disponho de uma cópia: Canticos Sagrados par o uso dos que adoram a Deus em Espírito e Verdade, Rio de Janeiro: Livraria Evangélica, 1896. Na mesma encadernação está o Psalmos e Hymnos, Lisboa: Rua das Janelas Verdes. Essa dupla publicação em um só volume que apareceu pela primeira vez em 1896, deveu-se aos pedido dos presbiterianos, e concessão da Srª Kalley.[48] No entanto, ao que parece, não houve muitas edições consorciados. Disponho de um exemplar dos Cânticos Sagrados para o uso dos que adoram a Deus em Espírito e Verdade, de 1905.[49] Não mais constam os dois hinários.

Uma questão para a qual não tenho uma explicação razoável e, sem dúvida ultrapassa em muitos essas anotações −, é porque o Salmos e Hinos desfrutou tanto do gosto popular em detrimento dos Cânticos Sagrados que, terminou, por cair no esquecimento, mesmo entre os presbiterianos. Em minha infância e mocidade, nunca conhecera outro hinário em minha igreja além dos Salmos e Hinos, que sempre apreciei, especialmente o hino 403, “O Exilado”, se não me falha a memória, que me emocionava desde meus mais ou menos 8 anos de idade…

Retornando, pontuo. Algo evidente no protestantismo brasileiro em suas origens, é o gosto pelo cântico como expressão de sua fé.[50]

 

Uma questão jurídica

Creio ser oportuno mencionar um incidente de grande relevância para a questão legal do protestantismo no Brasil. Em 1859, Kalley foi acusado pelo Núncio Apostólico de, entre outras coisas, estar ultrapassando os limites da tolerância religiosa prescrita pela Constituição de 1824. Foi então que ele formulou um questionário de 11 quesitos sobre o assunto, pedindo o parecer de três juristas de grande renome: Dr. José Tomaz Nabuco de Araújo, Dr. Urbano Sabino Pessoa de Melo e Dr. Caetano Alberto Soares. A resposta foi favorável ao Dr. Kalley; ele não quebrara a Constituição.[51] Assim, “O governo Imperial resolveu nada fazer contra ele ‘enquanto não excedesse os limites sobre os quais estava bem informado’.”[52] Aqui temos, diríamos, o escancaramento legal das portas para a entrada de religiões acatólicas no Brasil.

O casal retornou definitivamente para a Escócia em 10/07/1876.[53]

No método adotado pelo casal Kalley, encontramos delineado o princípio defendido por Martinho Lutero (1483-1546) em 1530, que disse: “Depois da teologia, não existe arte que se possa equiparar à música, porque sobre ela, depois da teologia, é que consegue uma coisa que no mais só a teologia proporciona: um coração tranquilo e alegre”.[54]

 

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa

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[1] João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, Rio de Janeiro: (edição da Igreja Evangélica Fluminense?), (1941), v. 1, p. 30; Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 34.

[2]Chamada de “a Pérola do Atlântico” e “um jardim flutuante” (Cf. William B. Forsyth, Jornada no Império: Vida e obra do Dr. Kalley no Brasil, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2006, p. 25).

[3] Inicialmente o seu trabalho era apenas como médico. Havia atividades intensas. Contudo, ele começara logo a realizar cultos em sua casa juntamente com seus empregados. Em seguida, percebendo o desejo dos madeirenses pela Palavra, iniciou em dezembro um trabalho informal numa casa alugada (Cf. William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 34). Kalley só seria ordenado pastor em Londres no dia 18 de julho de 1839 (Cf. William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 35).

[4]Vicente T. Lessa, Annaes da 1. Egreja Presbyteriana de São Paulo, p. 700.

“Em 1840, instalou no Funchal, por sua conta, um hospital de doze camas, que incluía serviços de clínica e farmácia. Oferecia aos pobres tratamento e hospitalização gratuitos, sem lhes apresentar conta dos seus serviços médicos, nem do fornecimento de medicamentos. Muitos ricos igualmente requeriam a assistência médica do Dr. Kalley, mas estes pagavam bem os seus serviços. O seu fim ao cobrar contas elevadas aos ricos, segundo o seu próprio testemunho, era afastá-los, para lhe deixarem o tempo livre para o cuidado dos pobres… E estas verbas eram usadas para suportar os encargos do hospital, bem como muitas outras despesas que fazia com os pobrezinhos” (Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 29).

[5] Fundou a sua primeira escola durante o ano de 1839, tendo a Bíblia como livro-texto. Estas escolas logo cresceram e se multiplicaram (Cf. William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 43, 52-53).

“A sua carreira médica e o interesse constante de servir aos seus semelhantes forneceram-lhe os meios de comunicação imediata e direta de contato com o povo. Escolas elementares, diurnas para crianças e noturnas para adultos, foram abertas por esse independente missionário, em vários pontos da ilha, fornecendo ele os professores, mobiliário e livros indispensáveis. Foi um plano sem precedentes, visto que jamais houvera na Madeira qualquer sistema de escolas públicas gratuitas e, por isso mesmo, a maioria da população não sabia ler nem escrever. (…) A Bíblia era o principal livro de texto, e, mais de três mil exemplares das Escrituras, foram distribuídos entre os anos de 1839 e 1845” (Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 30, 32).

[6] “Os pobres, movidos pela sua bondade pessoal, referiam-se a ele como “o santo inglês” e através de toda a ilha era conhecido como o “bom doutor inglês” (Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 30).

[7]Compare as informações: Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 29; William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 60 e Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 38, 41, 43.

[8] Vejam-se detalhes deste episódio In: João Fernandes Dagama, Perseguição dos Calvinistas da Madeira, São Paulo: [s. Ed], 1896, p. 18ss. e William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 57-61.

[9] Cf. Roberto Reid Kalley: In: Dr. António Mendes Correia, et. al. eds. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa: Editorial Enciclopédia, Limitada, [s.d.], v. 14, p. 431; Carl Joseph Hahn, História do Culto Protestante no Brasil, p. 139.

“Casa, mobília, material cirúrgico e provisões, valiosa biblioteca e insubstituíveis manuscritos foram destruídos naquele holocausto. Pôde ainda observar outra nuvem de fumo que se levantava de todas as Bíblias e publicações evangélicas que foram impiedosamente destruídas pelo fogo, na Praça da República. O hospital foi saqueado e grandemente danificado; muitas das escolas domésticas foram também incendiadas” (Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 60).

[10] Quanto à uma análise política e jurídica bem documentada, ainda que discretamente tendenciosa, das questões envolvidas, veja-se o texto de Paulo Miguel Rodrigues, A Questão Kalley numa perspectiva política e a importância de esclarecer equívocos (1838-1846) (2014). (https://www.academia.edu/26530587/A_Quest%C3%A3o_Kalley_numa_perspectiva_pol%C3%ADtica_e_a_import%C3%A2ncia_de_esclarecer_equ%C3%ADvocos_1838-1846_2014_) (Consulta feita em 09.09.2023).

[11] “Disfarçou-se de mulher doente, e foi transportado numa rede, que era a maneira habitual de então transportar os inválidos, para a quinta dos Pinheiros e, ali, antes que nascesse o Sol, no dia 9 de Agosto, foi posto a bordo do navio britânico ‘Forth’, o qual, providencialmente, tinha aportado na baía do Funchal” (Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 60).

[12] Veja-se: João Fernandes Dagama, Perseguição dos Calvinistas da Madeira, p. 78ss.; Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 32-33; William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 77-79.

[13]Cf. Roberto Reid Kalley: In: Dr. António Mendes Correia, et. al. eds. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, v. 14, p. 431; Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 33. Veja uma descrição emocionante da fuga desses irmãos em: Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 62-64.

[14]Cf. Roberto Reid Kalley: In: Dr. António Mendes Correia, et. al. eds. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, v. 14, p. 431; Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 34; Carl Joseph Hahn, História do Culto Protestante no Brasil, p. 138; William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 94. Ou, conforme afirma Testa, ela teria morrido em janeiro de 1852. (Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 90).

[15] Cf. Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, Lisboa: Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, 1963, p. 90.

[16]Vejam-se: Carl Joseph Hahn, História do Culto Protestante no Brasil, p. 137-138; William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 97; Michael P. Testa, O Apóstolo da Madeira, p. 90.

[17]Quanto às circunstâncias em que Robert e Sarah se conheceram, Veja-se: Carl Joseph Hahn, História do Culto Protestante no Brasil, p. 149 e William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 96-97.

[18]Vejam-se: David G. Vieira, O Protestantismo, A Maçonaria e A Questão Religiosa no Brasil, p. 113ss; Boanerges Ribeiro, Protestantismo e Cultura Brasileira, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1981, p. 20ss.; Boanerges Ribeiro, O Padre Protestante, 2. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1979, p. 95ss.; Émile G. Léonard, O Protestantismo Brasileiro, São Paulo: ASTE, (1963), p. 49ss.

[19] João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 31; David G. Vieira, O Protestantismo, A Maçonaria e A Questão Religiosa no Brasil, p. 116.

[20]Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 37; Henriqueta R.F. Braga, Música Sacra Evangélica no Brasil, Rio de Janeiro: Livraria Kosmos Editora, (1961), p. 108.

[21] Localizada na atual Rua Benjamin Constant, 280. (Cf. Henriqueta R.F. Braga, Música Sacra Evangélica no Brasil, p. 108).

[22] Conforme bem relata Henriqueta Braga, esta foi “a primeira Escola Dominical de caráter permanente, em vernáculo” (Henriqueta R.F. Braga, Música Sacra Evangélica no Brasil, p. 276). Observe-se a expressão: “caráter permanente”.

[23]Ao que parece, o Sr. Webb era americano; no entanto, as informações de que dispomos dizem que a escola começou com os “filhos da Sr. Webb e da Sr. Carpenter” (Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 38); na sequência, diz que a Sr. Kalley “instalou a escola com 5 alunos, filhos de duas famílias inglesas” (Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 39. Do mesmo modo, João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 33)

[24] Henriqueta R.F. Braga nos diz que “os primeiros hinos evangélicos cantados no Brasil, em língua portuguesa, foram provavelmente aqueles entoados nessa incipiente Escola Dominical” , a saber: “Louvemos Todos ao Pai do Céu” (SH. 32); “Todos que na terra moram” (SH. 17); “O Meu fiel Pastor” (SH. 7); “Alma! Escuta ao bom Senhor!” (SH. 33); “Cá Sofremos Aflição” (SH. 76); “Tem compaixão de mim, Senhor!” (SH. 51); “Jesus Cristo já morreu” (SH. 26) e “Andávamos longe de Deus” (SH. 45). (Henriqueta R.F. Braga, Música Sacra Evangélica no Brasil, p. 109).

[25]Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 39. Lembremo-nos que a Srª. Kalley, quando solteira, fora professora de uma classe de Escola Dominical que funcionava em sua casa, na cidade de Torquay, Inglaterra, tendo sido seu aluno, William D. Pitt. (João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 35; Vicente T. Lessa, Annaes da 1. Egreja Presbyteriana de São Paulo, p. 26, 702; Carl Joseph Hahn, História do Culto Protestante no Brasil, p. 138, 149). Pitt, que, a convite do Dr. Kalley, veio dos Estados Unidos para Petrópolis em dezembro de 1855, mudou-se para São Paulo em 16/04/1863, estabelecendo-se no comércio de artigos para lavoura e querosene (Boanerges Ribeiro, Protestantismo e Cultura Brasileira, p. 45; João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 202). Permaneceu como membro da Igreja Evangélica Fluminense até 30/11/1866 (Ibidem., p. 202), quando foi-lhe concedida transferência para a Igreja Presbiteriana de São Paulo (Ibidem., p. 202). Mesmo sem ter estudado num Seminário, Pitt, que fora um auxiliar valoroso de Kalley e depois de Blackford, foi ordenado pastor na 5. Reunião do Presbitério do Rio de Janeiro: em 16/08/1869 (Vicente T. Lessa, Annaes da 1. Egreja Presbyteriana de São Paulo, p. 68-69). Todavia, morreu pouco tempo depois em 13/03/1870, em casa de Chamberlain, São Paulo. (Vicente T. Lessa, Annaes da 1. Egreja Presbyteriana de São Paulo, p. 75).

[26]João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 33.

[27]Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 40; João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 32 e 36.

[28]Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 39-40; João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 36.

[29]Cf. o testemunho de uma aluna desta época, Christina F. Braga, In: Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 40. (Parte deste texto está transcrito infra); Henriqueta R.F. Braga, Música Sacra Evangélica no Brasil, p. 110.

[30]João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 36.

[31]Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 41.

[32]João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 36; Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 41. As informações de ambos são conflitantes quanto ao “português” e ao “inglês”, contudo, são idênticas quando às seis crianças que só sabiam o alemão. Acredito que entre elas havia os três idiomas representados…

[33] Veja-se foto In: Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 40.

[34] Cf. Henriqueta R.F. Braga, Salmos e Hinos: Sua origem e desenvolvimento, Rio de Janeiro: Igreja Evangélica Fluminense, 1983, p. 23 (nota 17).

[35] Carta In: Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 42-44.

[36]Henriqueta R.F. Braga, Música Sacra Evangélica no Brasil, p. 110; Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 81; João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 127 e 270.

[37]Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 109.

[38]Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 158.

[39]Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 62, 158. “Em 14 de Julho de 1871, a Igreja resolveu organizar a Escola Dominical nos moldes modernos, compreendendo alunos de todas as idades, desde as criancinhas até os anciãos.

“No domingo seguinte, 16 de julho de 1871, foi dado início a essa organização, tendo comparecido 200 alunos de ambos os sexos, que foram distribuídos por 26 classes, cada uma com o seu professor” (Henrique de Souza Jardim, et. al. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 149).

[40] O Christão – Órgão da União Evangélica Congregacional do Brasil e de Portugal -, de 15 de agosto de 1927, p. 7.

[41]Prefácio de Synesio Lyra à obra de João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 8. Esta Tipografia, mais tarde imprimiria o primeiro número da Imprensa Evangélica (05/11/1864). Apenas o 1º número.

[42]Henriqueta R.F. Braga, Música Sacra Evangélica no Brasil, Rio de Janeiro: Livraria Kosmos Editora, (1961), p. 125; Henrique de Souza Jardim, et. al., Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 504; João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 167-168.

[43]Henrique de Souza Jardim, et. al., Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense, p. 504.

[44]Cf. Henriqueta R.F. Braga, Salmos e Hinos: Sua origem e desenvolvimento, Rio de Janeiro: Igreja Evangélica Fluminense, 1983, p. 27. A segunda edição da Música Sacra, só seria publicada em 1889 (Veja-se: Henriqueta R.F. Braga, Salmos e Hinos, p. 35-36.

[45] Vejam-se mais detalhes em Braga, Henriqueta R.F. Braga, Música Sacra Evangélica no Brasil, p. 125; Henriqueta R.F. Braga, Salmos e Hinos: Sua origem e desenvolvimento, p. 27-33.

[46] Mattathias Gomes dos Santos, Música e Hinologia, Rio de Janeiro, 1948, [s.editora], p. 6.

[47] Veja-se: http://www.hinologia.org/hinos-evangelicos-e-canticos-sagrados-dr-alderi-matos/ (Consulta feita em 15.01.2020).

[48] Cf. Henriqueta R.F. Braga, Salmos e Hinos: Sua origem e desenvolvimento, p. 30.

[49] Canticos Sagrados para o uso dos que adoram a Deus em Espírito e Verdade, Rio de Janeiro: Papelaria Luiz Macedo, 1905.

[50] É muito sugestivo e informativo o texto do Dr. Boanerges Ribeiro. Veja-se: Boanerges Ribeiro, A Igreja Presbiteriana no Brasil, da Autonomia ao Cisma, São Paulo: O Semeador, 1987, p. 133-146.

[51] Vejam-se: João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1 p. 92-100; David G. Vieira, O Protestantismo, A Maçonaria e A Questão Religiosa no Brasil, p. 119-121; Duncan A Reily, História Documental do Protestantismo Brasileiro, p. 96-100; William B. Forsyth, Jornada no Império, p. 144-145.

[52] Ismael da Silva Junior, Heróis da Fé Congregacionais, p. 45; João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1 p. 100.

[53]João Gomes da Rocha, Lembranças do Passado, v. 1, p. 271; Vicente T. Lessa, Annaes da 1. Egreja Presbyteriana de São Paulo, p. 702.

[54] Martinho Lutero, Carta a Ludovico Senfl, 1530: In: Pelo Evangelho de Cristo (Selecta de textos do Reformador), São Leopoldo, RS.: Concórdia; Sinodal, 1984, p. 216.

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