Tentando pensar e viver como um Reformado: Reflexões de um estrangeiro residente – Parte 32

b) A Perspectiva de Calvino (Continuação)

 

 1) Trabalho, Poupança e Frugalidade

Calvino defendeu três princípios éticos fundamentais que podemos ser resumidos mnemonicamente em três palavras: trabalho, poupança e frugalidade.[1] Note-se que a poupança deveria ter sempre o sentido social.[2]

Comentando 2Coríntios 8.15, diz:

Moisés admoesta o povo que por algum tempo fora alimentado com o maná, para que soubesse que o ser humano não é alimentado por meio de sua própria indústria e labor, senão pela bênção de Deus. Assim, no maná vemos claramente como se ele fosse, num espelho, a imagem do pão ordinário que comemos. (…) O Senhor não nos prescreveu um ômer ou qualquer outra medida para o alimento que temos cada dia, mas ele nos recomendou a frugalidade[3] e a temperança, e proibiu que o homem exceda por causa da sua abundância.[4] Por isso, aqueles que têm riquezas, seja por herança ou por conquista de sua própria indústria e labor, devem lembrar que o excedente não deve ser usado para intemperança ou luxúria, mas para aliviar as necessidades dos irmãos. (…) Assim como o maná, que era acumulado como excesso de ganância ou falta de fé, ficava imediatamente putrificado, assim também não devemos alimentar dúvidas de que as riquezas que são acumuladas à expensa de nossos irmãos são malditas, e logo perecerão, e seu possuidor será arruinado juntamente com elas, de modo que não conseguimos imaginar que a forma de um rico crescer é fazendo provisões para um futuro distante e defraudando os nossos irmãos pobres daquela ajuda que a eles é devida.[5]

Calvino também nos adverte quanto ao perigo de transformarmos o nosso trabalho em objeto de avareza justamente pela falta de fé na provisão do Senhor:

O que nos torna mais avarentos do que deveríamos em relação ao nosso dinheiro é o fato de sermos tão precavidos e enxergarmos tão longe quanto possível os supostos perigos que nos podem sobrevir, e assim nos tornamos demasiadamente cautelosos e ansiosos, e passamos a trabalhar tão freneticamente como se devêssemos suprir de vez as necessidades de todo o curso de nossa vida, e afigura-se-nos como grande perda quando uma mínima parcela nos é tirada. Mas aquele que depende da bênção do Senhor tem o seu espírito livre dessas preocupações ridículas, enquanto, ao mesmo tempo, tem suas mãos livres para a prática da beneficência.[6]

2) Fundamentos da nossa Ética

Se as reformas de Calvino desempenharam um papel central na história do Ocidente, elas o fizeram não por serem princípios de organização que moldaram desenvolvimentos políticos e econômicos, e sim por causa de suas exigências de que os crentes e as congregações conformassem, individualmente, sua vida à Palavra de Deus. – D. G. Hart.[7]

Desde o princípio, a Reforma foi um movimento tanto religioso quanto ético. – Herman Bavinck.[8]

Quando há alguns anos fui consultado sobre a publicação de uma seleção das cartas de Calvino em português;[9] dentre outras ideias, sugeri que a obra passasse por um trabalho de inserção de notas cruzando as suas cartas com a sua teologia expressa especialmente nas Institutas e em seus comentários bíblicos, à semelhança do que fora feito na edição das Institutas de 1541, publicada em português em 2006.[10] Dessa forma, teríamos uma aproximação por via inversa: partiríamos de suas cartas para a sua teologia. Não obtive resposta.[11]

As cartas de Calvino, bem como os seus sermões revelam uma preocupação eminentemente pastoral, além de uma coerência de pensamento amparada nas Escrituras. A sua fé e prática eram decorrentes de sua compreensão bíblica.

Não é de se estranhar que, próximo do final da vida, depois de um ministério profícuo em Genebra (1536-1538; 1541-1564), no leito, tendo os ministros da cidade à sua volta, despede-se (28/04/1564), e lhes diz o que, empiricamente, já sabiam por meio de seu convívio: “A respeito de minha doutrina, ensinei fielmente e Deus me deu a graça de escrever. Fiz isso do modo mais fiel possível e nunca corrompi uma só passagem das Escrituras, nem conscientemente as distorci…”.[12]

Ética e Providência

A ética de Calvino tem como um de seus fundamentos a doutrina da Providência. Crê que é impossível uma vida cristã autêntica sem o descanso proveniente da confiança subjetiva no cuidado de Deus:

Quem quer que não confie na providência divina, bem como não encomende sua vida à fiel diretriz dela, ainda não aprendeu corretamente o que significa viver. Em contrapartida, aquele que confiar a guarda de sua vida ao cuidado divino, não duvidará de sua segurança mesmo em face da morte.[13]

Ele está convencido de que “a regra que devemos observar, quando estamos em angústia e sofrimento, é esta: que busquemos conforto e alívio só na providência de Deus, porque, em meio às nossas agitações, apertos e preocupações, devemos encher-nos da certeza de que sua função peculiar consiste em prover alívio ao miserável e aflito”.[14]

A doutrina da Providência propicia ao crente “o melhor e mais doce fruto”[15] resultante da compreensão de que tudo está nas mãos de Deus. Nada acontece por casualidade: para o cristão não há lugar para o “azar”, “sorte” ou “acaso”. Deus dirige todas as coisas de forma pessoal, sábia e amorosa!

Conclui Calvino: “A providência de Deus, qual é ensinada na Escritura, é o oposto da sorte e dos acontecimentos atribuídos ao acaso. (…) Todos e quaisquer eventos são governados pelo conselho secreto de Deus”.[16]

A certeza do cuidado de Deus é suficiente para acalmar a nossa ansiedade e a nos alegrar em Deus:

Não há outro método de aliviar nossas almas da ansiedade, senão repousando sobre a providência do Senhor (…). Nossos desejos e petições devem ser oferecidos com a devida confiança em sua providência, pois quem há que ore com clamor de espírito e que, com inusitada ansiedade e vencido pela inquietação, parece resolvido a ditar termos ao Onipotente? Em oposição a isso, Davi a recomenda como sendo a devida parte da modéstia em nossas súplicas para que transfiramos para Deus o cuidado daquelas coisas que pedimos, e não pode haver dúvida de que o único meio de refrear nossa excessiva impaciência é mediante a absoluta submissão à divina vontade quanto às bênçãos que queremos nos sejam concedidas.[17]

Daí a importância de mantermos nossa fé amparada em Deus, que cuida de nós não nos sendo indiferente. Consola-nos: “Quando nada senão destruição se manifestar ante nossos olhos, para qualquer lado que nos viremos, lembremo-nos de erguê-los em direção do trono celestial, donde Deus vê tudo o que se faz aqui em baixo”.[18]

 

Urgência pragmática

Qual a implicação ética disso tudo? Indiferença? Não. Analisemos este ponto.

A compreensão de Calvino a respeito da direção de Deus sobre todas as coisas, ao contrário do que poderia parecer, não o leva à ociosidade, ou a um tipo de perspectiva fatalista afirmando que nada podemos fazer a não ser nos contentar com o que está previamente fixado por uma causa sobrenatural. Pelo contrário, sua compreensão de providência de Deus inspira-o ao trabalho, consciente de que somos instrumentos de Deus para a execução do seu sábio e eterno propósito. Esta doutrina tem, dessa maneira, uma “urgência pragmática” para todo o povo de Deus. O tempo é um recurso precioso que Deus nos concede para o progresso em todas as esferas de nossa vida.[19]

A ética de Calvino leva em questão duas necessidades básicas: 1) A consideração sobre o drama da existência humana, sujeita ao pecado e à morte. O pecado afetou a integralidade do homem;[20]      2) Explorar as implicações de nossa fé: responsabilidade humana.[21]

O pecado tende a anestesiar a nossa consciência nos acomodando à paisagem de miséria cotidiana nas diversas molduras de nossa existência. A Palavra, no entanto, desperta as nossas consciências.

 

A Igreja como agente da providência de Deus

Assim, a certeza do cuidado de Deus não nos deve conduzir à letargia, antes a nos tornar agentes deste cuidado. Devemos ter em vista que o cuidado de Deus envolve pessoas das quais ele cuida e, ao mesmo tempo, pessoas por meio das quais ele assiste. Desse modo, somos agentes ordinários de Deus − ainda que não tenhamos o discernimento constante deste fato em nossas ações − no seu socorro. Muitas vezes, em nossas ações ordinárias estamos sendo agentes de Deus em resposta a orações dos fiéis.

Existe ética porque há um Deus providente. A ética cristã é uma resposta à certeza do cuidado de Deus. Somos responsáveis diante de Deus por levar adiante o que nos compete, dentro de nossa esfera: “Se o Senhor nos confiou a proteger a nossa vida, que a cerquemos de cuidados; se oferece recursos, que os usemos; se nos previne de perigos, a eles não nos arrojemos temerariamente; se fornece remédios, não os negligenciemos”, exorta-nos.[22]

A Lei é graça

A Lei de Deus revela o nosso pecado, evidenciando a sua gravidade[23] e, aponta-nos o caminho proposto por Deus. Conforme já citamos, a Lei Moral permanece:

A lei moral de Deus é a verdadeira e perpétua regra de justiça, ordenada a todos os homens, de todo e qualquer país e de toda e qualquer época em que vivam, se é que pretendem reger a sua vida segundo a vontade dele. Porque esta é a vontade eterna e imutável de Deus: que ele seja honrado por todos nós, e que todos nós nos amemos uns aos outros.[24]

A Lei, portanto, nos conduz à graça que brilha de forma magnífica na face de Cristo.[25]

A ética cristã é fortemente marcada pela certeza de que a nossa salvação é por graça. Pertence totalmente a Deus e, ao mesmo tempo, pela consciência da necessidade de sermos obedientes à Lei de Deus: “Um cristão medirá todas as suas ações por meio da lei de Deus, seus pensamentos secretos estarão sujeitos à sua divina vontade”, ensina Calvino.[26]

A salvação é totalmente pela graça, contudo essa salvação, libertação do domínio do pecado, não nos conduz a uma ética anomista (sem lei),[27] antes a um compromisso de fé, de busca de coerência entre o crer, fazer e ensinar, na certeza de que somos agentes da providência de Deus, convictos de que temos a responsabilidade de viver à altura de nossa fé no Senhor Jesus Cristo, moldando a nossa ética pela Palavra de Deus. Em outras palavras: a santificação se reflete em nossa ética.

 

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa

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[1]É interessante notar que em 1513, N. Maquiavel (1469-1527), na sua obra O Príncipe, dedicada a dedicatória a Lorenzo II de Médici (1492-1519), diz: “…. um príncipe deve gastar pouco para não ser obrigado a roubar seus súditos; para poder defender-se; para não se empobrecer, tornando-se desprezível; para não ser forçado a tornar-se rapace; e pouco cuidado lhe dê a pecha de miserável; pois esse é um dos defeitos que lhe dão a possibilidade de bem reinar” (N. Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 9), 1973, p. 72). (destaques meus). É muito interessante a análise do sociólogo agnóstico Rodney Stark (1934-2022), sobre as leis pró-frugalidade, existentes, inclusive, antes da Reforma, na Itália. Podemos observar que os princípios defendidos são em geral de ordem econômica e pessoal, não teológico-social. (Rodney Stark, A vitória da razão: como o cristianismo gerou a liberdade, os direitos do homem, o capitalismo e o milagre econômico do Ocidente, Lisboa: Tribuna da História, 2007, p. 170-172).

[2] Veja-se, por exemplo, J. Calvino, As Institutas, III.7.5-6; III.10.4-5; Idem., Exposição de 2 Coríntios, São Paulo: Edições Paracletos, 1995, (2 Co 8), p. 165ss.; André Biéler, O Pensamento Econômico e Social de Calvino, p. 643; Hermisten M.P. Costa, João Calvino 500 anos, São Paulo: Cultura Cristã, 2009). Quanto à ação prática dos conceitos de Calvino em Genebra, Vejam-se, entre outros: W. Fred Graham, The Constructive Revolutionary: John Calvin & His Socio-Economic Impact, Richmond, Virginia: John Knox Press, 1971, p. 97ss.; Ronald S. Wallace, Calvino, Genebra e a Reforma, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2003, passim; Alderi Souza de Matos, Amando a Deus e ao Próximo: João Calvino e o Diaconato em Genebra: In: Fides Reformata. São Paulo: Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, 2/2 (1997), p. 69-88; William C. Innes, Social Concern in Calvin’s Geneva, Pennsylvania: Pickwick Publications, 1983.

[3]“A Igreja Romana, afirmava-se, por intermédio do exemplo de seus governantes encorajara o luxo e a ostentação; os membros da Igreja Reformada devem ser econômicos e modestos. (…) O Calvinismo, em suma, significava não apenas nova doutrina teológica e governo eclesiástico, mas nova escala de valores morais e novo ideal de conduta social” (R.H. Tawney, A Religião e o Surgimento do Capitalismo, São Paulo: Editora Perspectiva, 1971, p. 116).

[4]Referindo-se ao texto de Tt 2.11-14, Calvino comenta:             “O apóstolo resume todas as ações da nova vida em três grupos: sobriedade, justiça e piedade. Indubitavelmente a sobriedade significa castidade e temperança, como também o uso puro e frugal das bênçãos temporais, incluindo a paciência na pobreza” (João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, p. 33. Do mesmo modo: As Institutas, III.7.3). “Tudo quanto extrapola o uso natural é supérfluo. Não que algum uso mais liberal de possessões seja condenado como um mal em si mesmo, mas a ansiedade em torno delas é sempre pecaminosa” (João Calvino, As Pastorais, (1Tm 6.8), p. 169). Vejam-se também: João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, p. 75; Idem., As Institutas, III.10.4.

[5]João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, São Paulo: Paracletos, 1995, (2Co 8.15), p. 177. Veja-se também, João Calvino, O Livro dos Salmos, v. 1, p. 45. Em outro lugar: “As Escrituras exigem de nós e nos advertem a considerarmos que qualquer favor que obtenhamos do Senhor, o temos recebido com a condição de que o apliquemos em benefício comum da Igreja.

“Temos de compartilhar liberalmente e agradavelmente todos e cada um dos favores do Senhor com os demais, pois isto é a única coisa que os legitima.

“Todas as bênçãos de que gozamos são depósitos divinos que temos recebido com a condição de distribuí-los aos demais” (João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, p. 36).

[6]João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 8.2), p. 167-168. Calvino entende que durante todo o curso da vida humana, “os homens não conseguem nada por sua própria vigilância e diligência, exceto se Deus os abençoar de cima” (John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan: Baker, 1981 (Reprinted), (v. 2/1), (Dt 8.17), p. 401).

[7] D.G. Hart, O reformador da Fé e da vida. In: Burk Parsons, ed. João Calvino: Amor à devoção, doutrina e glória de Deus, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2010, p. 77. Veja-se: Philip Benedict, Christ’s Churches Purely Reformed: A Social History of Calvinism, New Haven: Yale University Press, 2002, p. 543.

[8]Herman Bavinck, Dogmática Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 4, p. 180.

[9] João Calvino, Cartas de João Calvino, São Paulo: Cultura Cristã, 2009.

[10] João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, 4v.

[11] Por iniciativa minha, o assunto voltou à baila pouco mais de dez anos depois e, ainda está tramitando…

[12]Calvin, Textes Choisis par Charles Gagnebin, Paris: LUF Egloff, © 1948, p. 42-43. Veja-se: Hermisten M.P. Costa, João Calvino 500 anos, São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 26-27; 122.

[13]João Calvino, O Livro dos Salmos, v. 2, (Sl 31.5), p. 16.

[14]João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 10.1), p. 205.

[15] João Calvino, As Institutas, I.17.6.

[16] João Calvino, As Institutas, I.16.2. “Faz parte de seu [de Davi] propósito também exortar os fiéis a uma consideração da providência de Deus, para que não hesitem em lançar sobre ela toda a sua preocupação” (João Calvino, O Livro dos Salmos, v. 2, (Sl 40.5), p. 222).

[17] João Calvino, O Livro dos Salmos, v. 2, (Sl 55.22), p. 488-489. “O Deus que governa o mundo por sua providência o julgará com justiça. A expectativa disto, devidamente apreciada, terá um feliz efeito na disposição de nossa mente, acalmando a impaciência e restringindo qualquer disposição ao ressentimento e retaliação em face de nossas injúrias” (João Calvino, O Livro dos Salmos, v. 2, (Sl 62.12), p. 584). “Os crentes gozam de genuína riqueza quando confiam na providência divina que os mantém com suficiência e não se desvanecem em fazer o bem por falta de fé. (…) Ninguém é mais frustrado ou carente do que aquele que vive sem fé, cuja preocupação com suas posses dilui toda a sua paz” (João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, (2Co 9.11), p 193-194).

[18] João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 9.6), p. 184.

[19] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, A Fortuna e a Providência: Maquiavel e Calvino, dois olhares sobre a História e a Vida: In: IV Congresso Internacional de Ética e Cidadania – Filosofia e Cristianismo, 2008, São Paulo: Mackenzie, 2008. v. 4, p. 6-9.

[20] Vejam-se: João Calvino, As Institutas, II.1.9,12 II.3.5; O Livro dos Salmos, v. 2, (Sl 51.5), p. 431; (Sl 62.9), p. 579; Efésios, São Paulo: Paracletos, 1998, (Ef 2.1), p. 51; (Ef 2.2), p. 52; (Ef 4.17), p. 134-135. “Por causa do coração, totalmente embebido com o veneno do pecado, o homem nada pode gerar além dos frutos do pecado” (João Calvino, Instrução na Fé, Goiânia, GO: Logos Editora, 2003, Cap. 5, p. 16).

[21]Veja-se : Erich Fuchs, L’Éthique de Calvin: Calvinisme et Capitalisme: In: Martin E. Hirzel; Martin Sallmann, eds., Calvin et le Calvinisme, Genève: Labor et Fides, 2008, p. 223ss.

[22]João Calvino, As Institutas, I.17.4. Veja-se: também, As Institutas, I.17.9.

“Aquele que limitou a nossa vida, confiou-nos também a solicitude por ela, o cuidado dela; deu-nos os meios para preservá-la; e nos habilitou a prever os perigos, para que não nos surpreendam, dando-nos ao contrário remédios para capacitar-nos a preveni-los.

“Agora se vê qual é o nosso dever. Se o Senhor nos dá a nossa vida para que dela cuidemos, que a preservemos; se nos dá os meios para fazê-lo, que os utilizemos; se Ele nos mostra os perigos, que não nos atiremos loucamente e sem propósito; se Ele nos oferece remédios, que não os menosprezemos” (João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 3, (III.8), p. 77).

[23] Veja-se: João Calvino, As Institutas, II.7.6.

[24]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 4, (IV.16), p. 160.

[25] Veja-se: João Calvino, As Institutas, II.7.8.

[26] João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, São Paulo: Novo Século, 2000, p. 31

[27] “Não pense que o evangelho que o liberta da maldição da lei é uma licença para você desprezar e ignorar a lei” (R.C. Sproul, Oh! Como amo a tua lei. In: Don Kistler, org. Crer e Observar: o cristão e a obediência, São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 14).

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